terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um meio de transporte sem igual


O uso de riquixás em Daca continua a crescer por causa da topografia plana e das inúmeras vielas e becos por onde outros tipos de transporte público não conseguem passar. Muitas pessoas consideram agradável usar esse meio de transporte não-poluente.
Na maioria das cidades asiáticas, os riquixás estão “ameaçados de extinção”. Nesses lugares, o desejo de transporte coletivo e de um estilo de vida moderno tem tornado os riquixás quase obsoletos. Embora muitas pessoas os considerem ultrapassados, existe um empenho de preservar os riquixás por criar modelos mais modernos.
Em Daca, há muitas formas de transporte público — ônibus, táxi, motocicleta, riquixá motorizado e o colorido ciclo-riquixá. Mas se você escolher dar uma volta de ciclo-riquixá pelas ruas lotadas de Daca, essa experiência será inesquecível.

Um meio de transporte sem igual


O uso de riquixás em Daca continua a crescer por causa da topografia plana e das inúmeras vielas e becos por onde outros tipos de transporte público não conseguem passar. Muitas pessoas consideram agradável usar esse meio de transporte não-poluente.
Na maioria das cidades asiáticas, os riquixás estão “ameaçados de extinção”. Nesses lugares, o desejo de transporte coletivo e de um estilo de vida moderno tem tornado os riquixás quase obsoletos. Embora muitas pessoas os considerem ultrapassados, existe um empenho de preservar os riquixás por criar modelos mais modernos.
Em Daca, há muitas formas de transporte público — ônibus, táxi, motocicleta, riquixá motorizado e o colorido ciclo-riquixá. Mas se você escolher dar uma volta de ciclo-riquixá pelas ruas lotadas de Daca, essa experiência será inesquecível.

O condutor de riquixá


Fica evidente que o condutor de riquixá leva uma vida muito desgastante. Imagine passar o dia inteiro pedalando para transportar pesadas cargas de mercadorias ou passageiros. Os clientes são donas de casa, crianças que vão à escola, homens de negócio ou pessoas que voltam das compras com pacotes. É comum ver duas, três ou até mais pessoas espremidas num só riquixá. Ele também pode ser usado para transportar sacos de arroz, batata, cebola ou especiarias a serem vendidos no mercado. Às vezes, o passageiro senta-se bem no alto de suas mercadorias. Parece impossível que alguém possa puxar tanto peso assim. Contudo, mesmo debaixo de sol escaldante ou das chuvas de monções, o humilde condutor trabalha duro sem reclamar.
A maioria dos condutores eram trabalhadores rurais pobres que não conseguiam sustentar suas famílias e, por isso, foram sozinhos para a cidade. Por não encontrarem um trabalho bem remunerado, sujeitam-se a ser condutores de riquixá. À custa de muito esforço físico, eles talvez ganhem o equivalente a apenas alguns dólares por dia.

Arte em riquixá


Em Daca, é comum decorar os riquixás de ponta a ponta. De onde veio esse costume? Quando os riquixás começaram a ser usados ali, seus proprietários tiveram de enfrentar a concorrência dos tomtoms, carroças que transportavam passageiros e mercadorias. Tudo indica que o motivo de decorarem seus veículos era atrair clientes para o novo meio de transporte. As pinturas e propagandas acabaram se transformando num tipo de arte pitoresca.
A decoração como um todo é impressionante. É arte sobre rodas! Syed Manzoorul Islam, crítico de arte de Bangladesh, até mesmo descreve os riquixás em Daca como “galerias ambulantes de arte”. Cada milímetro do veículo é enfeitado com desenhos coloridos, gravuras e motivos decorativos. Fitas coloridas, contas brilhantes e pompons dançam pendurados nas laterais ou na capota retrátil.
Cada artista tem seu próprio estilo e temas favoritos. Algumas dessas obras de arte parecem um outdoor, com cenas de filmes indianos e bangladeshianos, antigos e atuais. As decorações exprimem a nostalgia da vida nas aldeias, retratam paisagens rurais e, às vezes, têm conteúdo social e político. Outros temas que aparecem muito são animais, aves, caça e lindas cenas do campo.
Na década de 50, havia apenas alguns pintores de riquixás. Hoje, de 200 a 300 artesãos produzem essas exclusivas obras de arte. A montagem dos riquixás é feita peça por peça em oficinas especializadas, geralmente usando materiais recicláveis. Por exemplo, num pedaço de metal tirado de itens descartados, como latas de óleo de cozinha, o artista usa tinta esmaltada para retratar cenas fantásticas cheias de cores. A arte em riquixá faz parte do folclore de Bangladesh. Adquiriu identidade e charme próprios.

Os primeiros riquixás


Embora modelos antigos desse tipo de transporte já fossem usados durante o reinado de Luís XIV da França (1638-1715), alguns atribuem a invenção do riquixá puxado por um homem a Jonathan Gable, missionário americano no Japão na década de 1870. Acredita-se que ele tenha projetado um meio de transporte inovador para sua frágil esposa, e que esse veículo tenha sido o primeiro a ser chamado de jinriquixá (nome que em japonês significa veículo de tração humana). Com o tempo, vários tipos de riquixá se tornaram populares em toda a Ásia como um meio de transporte barato. Quando Charles Taze Russell (à direita), que supervisionava com diligência as atividades dos Estudantes da Bíblia (como as Testemunhas de Jeová eram conhecidas), visitou o Japão em 1912, ele e sua delegação usaram riquixás.
Em Daca, o riquixá de três rodas, que parecia um grande triciclo, passou a ser usado no fim da década de 30. Ele era diferente do de duas rodas, que era puxado por um homem segurando duas varas presas ao corpo do veículo. Nesse novo modelo, o condutor pedalava na parte frontal do riquixá. Isso lhe permitia levar passageiros e cargas mais longe, manobrando com mais facilidade por ruas congestionadas e trânsito intenso.

Vamos dar uma volta de riquixá?


ASSIM que chega a Daca, capital de Bangladesh, o turista vê algo diferente: uma verdadeira frota de riquixás divide espaço com a multidão. Esses veículos circulam pelas ruas e vielas, transportando mercadorias e pessoas.
Em Daca, o riquixá continua sendo um meio de transporte popular. Embora existam 80 mil riquixás registrados, a maioria das pessoas acredita que a quantidade deles nas ruas seja bem maior. Por essa razão, Daca foi apelidada de a capital mundial do riquixá.

sábado, 18 de setembro de 2010

O que pode ser feito?

A Dra. Julia O’Connell Davidson, da Universidade de Leicester, Reino Unido, convocou o congresso a contestar a justificativa dos exploradores para o seu comportamento. Em geral, o argumento dos abusadores centraliza-se numa suposta licenciosidade e imoralidade sexual da criança, afirmando-se que ela já está suja e pervertida. Outros exploradores alegam, de forma distorcida e falsa, que seus atos não terão nenhum efeito prejudicial sobre a criança e que ela até se beneficiará.

Um painel sobre turismo sexual recomendou que ele fosse combatido com educação no currículo escolar. Além disso, os turistas deveriam receber informações contra a exploração sexual de menores durante toda a viagem — antes da partida, durante a viagem em si e ao chegar ao seu destino.

Sobre as novas tecnologias de comunicação, um painel sugeriu que as nações deveriam receber orientações para eliminar material que explora menores. Foi discutida a criação de um órgão internacional único para coordenar o trabalho nesse campo. Outro painel recomendou que a pornografia infantil gerada por computador, e a posse de material pornográfico infantil em geral, virassem crime em todos os países, com penalidades prescritas por lei.

O que os pais podem fazer? Um painel sobre o papel da mídia sugeriu que os pais assumissem a responsabilidade de proteger os filhos. Declarou: “Os pais podem não somente orientar seus filhos enquanto crescem e se tornam consumidores da mídia, mas também fornecer esclarecimento adicional, explicações e uma diversidade de fontes de informação para contrabalançar o impacto da mídia e ajudar a criança a crescer em entendimento.”

Um programa de TV sueco que cobria o congresso enfatizou a necessidade de os pais darem maior supervisão aos filhos e alertá-los para os perigos. Contudo, ele aconselhou: “Não acautele seus filhos simplesmente contra ‘velhos sujos’, porque as crianças . . . irão pensar que só devem tomar cuidado com velhos desleixados, quando quem comete esses crimes pode muito bem estar de uniforme ou num terno alinhado. Assim, alerte-os contra estranhos que demonstram interesse incomum nelas.” É claro que as crianças também devem ser acauteladas contra — e instadas a denunciar às autoridades — qualquer pessoa que faça propostas impróprias a elas, inclusive pessoas que elas conhecem.

Algumas das causas

Quais são algumas das causas do aumento explosivo deste problema? Afirmou-se que algumas crianças são “empurradas para a prostituição pelas circunstâncias, como meio de sobreviver nas ruas, ajudar a sustentar a família ou para pagar roupas e outros bens. Outras são seduzidas pelo bombardeio de imagens consumistas da mídia publicitária”. Ainda outras são raptadas e obrigadas a se prostituir. A rápida corrosão dos valores de moral em toda a parte, aliada a um sentimento generalizado de desesperança, foram mencionados entre as causas.

Muitas meninas e meninos acabam na prostituição por causa de abusos na família: violência e incesto em casa os empurram para a rua. Ali, correm o risco de ser abusados por pedófilos e outros, até mesmo, ao que parece, por alguns policiais. Um relatório sobre o problema, intitulado Kids for Hire (Crianças de Aluguel), cita o exemplo da brasileira Kátia, de seis anos. Detida por um policial, ele a forçou a praticar atos indecentes e ameaçou matar a família dela, caso ela contasse o ocorrido ao chefe dele. No dia seguinte, ele voltou com mais cinco homens, todos querendo que ela fizesse a mesma coisa com eles.

O Children’s Ombudsman (Ombudsman do Menor), instituição sueca, disse aos delegados: “Nos estudos sobre as causas da prostituição infantil, não há dúvida de que o turismo [do sexo] é uma das causas principais.” Um relatório disse: “A incrível escalada da prostituição infantil nos últimos dez anos tem como causa direta o turismo. A prostituição infantil é a mais nova atração turística oferecida pelos países em desenvolvimento.” “O turismo sexual”, da Europa, dos Estados Unidos, do Japão e de outros lugares, gera uma grande demanda de menores prostitutos em todo o mundo. Uma linha aérea européia usava um cartoon com o desenho de uma criança numa pose sexualmente explícita para vender excursões sexuais. As agências de viagem organizam excursões sexuais para milhares de viajantes todos os anos.

Na longa lista de causas acha-se também o uso de novas tecnologias na promoção internacional da indústria do sexo infantil. A Internet, junto com outras tecnologias de computador relacionadas, foi apontada como a maior fonte de pornografia. Equipamentos de vídeo de preço baixo também facilitam a produção de pornografia infantil.

Exploração sexual de menores: um problema mundial

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA SUÉCIA

A sociedade humana está sendo sacudida por uma forma chocante de abuso de menores, cujo alcance e natureza não eram conhecidos amplamente até anos recentes. Para avaliar o que se pode fazer a respeito, representantes de 130 nações reuniram-se em Estocolmo, Suécia, no primeiro Congresso Mundial Contra a Exploração Sexual Comercial de Menores. Um correspondente de Despertai! da Suécia também esteve lá.

QUANDO Magdalen tinha 14 anos, foi seduzida pela oferta de um emprego de “anfitriã” numa cervejaria de Manila, nas Filipinas. Na verdade, seu serviço era levar os fregueses a um quartinho, tirar a roupa e deixar que eles a explorassem sexualmente — em média 15 homens por noite, e 30 aos sábados. Às vezes, quando ela dizia que não conseguiria mais agüentar a situação, o gerente a forçava a continuar. Em geral, ela terminava o dia às quatro da manhã, sentindo-se exausta, deprimida e extremamente infeliz.

Sareoun era órfão e menino de rua em Phnom Penh, Camboja. Tinha sífilis e era conhecido por sair com estrangeiros. Deram-lhe um quartinho para morar, num pagode, onde um ex-monge deveria ‘cuidar’ dele. O homem, um proxeneta, abusava sexualmente do menino e arranjava-lhe encontros com estrangeiros. Depois que o quarto de Sareoun foi demolido, ele foi morar com a tia, mas ainda era forçado a se prostituir nas ruas.

Estes são apenas dois exemplos do horrível problema abordado no fim de agosto do ano passado pelo Congresso Mundial Contra a Exploração Sexual Comercial de Menores. Qual é a extensão dessa prática? Atinge centenas de milhares de crianças, há quem diga milhões. Uma delegada resumiu o problema: “Compram-se e vendem-se crianças como mercadorias sexuais lucrativas. Elas são traficadas dentro de seus países e de um país para outro como contrabando; aprisionadas em bordéis e forçadas a se submeter a inúmeros exploradores sexuais.”

Na abertura do congresso, o primeiro-ministro sueco, Göran Persson, qualificou essa exploração de “a mais brutal, a mais selvagem e revoltante categoria de crime”. Uma representante das Nações Unidas disse que “é um ataque às crianças em todas as frentes . . ., é totalmente vil e é a mais baixa violação dos direitos humanos imaginável”. Muitas expressões semelhantes de revolta com a exploração sexual de menores foram exprimidas na tribuna durante todo o congresso, conforme iam sendo considerados seu alcance, natureza, causas e efeitos.

“Seu alcance é transnacional, seu impacto atravessa gerações”, afirmou certa fonte. Outra declarou: “Acredita-se que um milhão de menores entrem no mercado multibilionário, ilegal, do sexo, a cada ano.” Quais os efeitos disso? “Minam-se o senso de dignidade, a identidade e a auto-estima das crianças e sua capacidade de confiar fica entorpecida. Sua saúde física e emocional é colocada em risco, seus direitos são violados e seu futuro comprometido.”

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Levar Dinheiro

Não se pode viajar sem dinheiro nos dias atuais. É óbvio que é arriscadíssimo carregar muito dinheiro vivo, e, em alguns países, sua moeda local talvez não seja fácil de cambiar.

Um modo seguro é levar cheques de viagem (traveler’s checks). O tipo de moeda que usa dependerá mormente de onde irá e o que acontece no mundo financeiro. Seu banco ou agente de viagens poderá aconselhá-lo. Os cheques de viagem podem ser cambiados em bancos, hotéis e muitas lojas em qualquer parte do mundo.

Surpreendentemente, talvez não consiga a mesma taxa de cambio para seus cheques de viagem no mesmo país. Os hotéis usualmente oferecem taxas de cambio menores, ao passo que algumas lojas oferecem taxas de cambio mais elevadas, para atraí-lo a fazer compras. Assim, vale a pena indagar e comparar as taxas de câmbio.

Também é aconselhável só cambiar um cheque quando necessário. Se obtiver muita moeda local e não a gastar, poderá perder dinheiro ao cambiá-la em outra moeda. Guarde seus recibos de cambio e notas, mas separe-os de seus cheques, visto que serão necessários pormenores de quando e onde cambiou seus cheques de viagem caso perca algum deles e deseje solicitar sua reemissão. Se forem perdidos ou roubados, podem usualmente ser substituídos sem demora, ou, pelo menos, sem grandes dificuldades.

Um cartão de crédito de aceitação internacional também poderá ser conveniente, embora não seja tão flexível quanto os cheques de viagem.

Muitos acham sábio, também, fazer um seguro de viagem, que cubra perdas ou roubos de bens, e as despesas incorridas com doenças, acidentes, ou até mesmo demoras causadas por greves.

Documentos Necessários

Quase todos os viajantes internacionais precisam ter um passaporte. Trata-se de sua identificação legal e é um documento de extrema importância. Se perdido na viagem, comunique isto de imediato à polícia local. É sábio ter um registro do número de seu passaporte, no caso em que o perca.

Também são necessários vistos para entrar em certos países. Seu agente de viagens pode obtê-los para o leitor nos consulados dos países envolvidos.

Certificados de vacinação talvez também sejam exigidos por alguns países. Estes variam, segundo seu roteiro. Ao passo que algumas vacinas não são obrigatórias, seu agente de viagens talvez recomende que se vacine assim mesmo. Daí, se um país ordenar, subitamente, uma quarentena para certa doença, ter sido vacinado contra ela o poupará da inconveniência de ficar detido e perder boa parte de sua excursão. Vacine-se pelo menos três semanas antes de viajar, de modo que os efeitos colaterais, se houver alguns, já tenham passado e não estraguem sua viagem.

Planejemos uma viagem

JÁ SONHOU alguma vez com horizontes distantes e ficou imaginando como é o restante do mundo? Gostaria de contemplar o assombroso Grand Canyon, ou a majestade dos nevosos. Alpes suíços?

Talvez seja fascinado por lugares cheios de lembretes das civilizações antigas, tais como as ruínas do Partenon, em Atenas, ou as quase infindáveis catacumbas de Roma. Estes podem fazer reviver o passado.

O presente também é excitante Há a famosa Paris, com sua Torre Eiffel e os Campos Elíseos, ou Hong Kong, com suas variegadas ruas e lojas Poderia contemplar um urso coala na Austrália, ou ser servido de um prato de suquiaqui, por uma senhora de olhos amendoados, vestindo um quimono, no Japão.

Talvez deseje conhecer pessoas e partilhar as cores, a excitação, e, às vezes, a tristeza, daqueles cujo estilo de vida difiram do seu. Talvez, também, almeje conhecer pessoas de diferentes formações e culturas, que partilham as mesmas crenças e interesses que tanto preza.

Sim, é mui provável que anseie ver alguns desses lugares, mas ache que se trata dum processo muito difícil, pois não está seguro de como proceder. Assim — planejemos uma viagem.

domingo, 29 de agosto de 2010

Vende-se a natureza para preservá-la

No início da década de 80, alguns cientistas e produtores de filmes se interessaram cada vez mais em salvar as florestas tropicais úmidas, os recifes de coral e as criaturas que dependem deles. Reportagens e documentários sobre essas maravilhas naturais aumentaram o interesse do público em visitá-las. Pequenas empresas que davam apoio às necessidades dos cientistas e produtores de filme se expandiram para dar conta do afluxo de visitantes com consciência ecológica que queriam fazer turismo.

As viagens ecológicas logo ficaram populares, tornando o ecoturismo o segmento que cresce mais rapidamente no ramo do turismo. De fato, promover as maravilhas da natureza mostrou ser muito lucrativo. A jornalista Martha S. Honey explicou: “Em vários países, o ecoturismo tornou-se rapidamente o segmento que mais arrecada recursos externos, ultrapassando a exportação de bananas na Costa Rica, de café na Tanzânia e no Quênia, e de tecidos e jóias na Índia.”

Assim, o turismo deu um incentivo financeiro valioso na preservação de plantas e animais. Martha Honey observou: “No Quênia, estima-se que devido ao turismo um leão atraia lucros de uns 7 mil dólares por ano e uma manada de elefantes, 610 mil dólares.” Calcula-se que os recifes de coral do Havaí gerem uns 360 milhões de dólares por ano devido ao turismo ecológico.

A explosão do turismo no século 20

Lamentavelmente, a familiaridade cada vez maior com os estrangeiros, promovida pelo turismo, não impediu o irrompimento de duas guerras mundiais na primeira metade do século 20. Em vez de arruinar o turismo, porém, as mudanças sociais e os avanços tecnológicos gerados por essas guerras na verdade aceleraram seu crescimento.

As viagens aéreas se tornaram mais rápidas e baratas, as rodovias se estenderam pelos continentes e os veículos a motor multiplicaram-se. Nos meados do século 20, férias e viagens turísticas tornaram-se parte da cultura do Ocidente e eram acessíveis à maioria das classes sociais. Além disso, milhões de famílias adquiriram aparelhos de TV e ficaram fascinadas pelas imagens de lugares exóticos, estimulando seu desejo de viajar.

No começo da década de 60, o número de turistas internacionais chegou a 70 milhões por ano. Em meados da década de 90, esse número subiu rapidamente para mais de 500 milhões! Surgiram resorts em todo o mundo para atender às necessidades dos turistas nacionais e internacionais. Visto que os turistas consomem grandes quantidades de alimento e bebida e gastam dinheiro com muitas outras mercadorias e serviços, várias indústrias não relacionadas diretamente com o turismo se beneficiaram.

Atualmente, o turismo é importante para a economia de mais de 125 países. Um comunicado em 2004 da Organização Mundial do Turismo, da ONU, destacou que a criação de pequenas e médias empresas relacionadas com o turismo pode aliviar a pobreza. A geração de novos empregos pode suscitar uma “consciência ambiental, cultural e social”.

Mas talvez se pergunte: ‘Como o turismo pode ter esses efeitos? E como pode beneficiar o meio ambiente?’

A era de ouro do turismo

No Ocidente, as sementes da moderna indústria do turismo foram lançadas principalmente no século 19. À medida que a Revolução Industrial engrossava as fileiras das classes médias na Europa e nos Estados Unidos, um número crescente de pessoas percebeu que tinha dinheiro e tempo para viajar.

Além disso, os meios de transporte coletivo passavam por grandes avanços. Locomotivas potentes puxavam vagões de passageiros, e enormes navios a vapor transportavam as pessoas entre os continentes. Para cuidar das necessidades do crescente número de turistas, grandes hotéis surgiam perto de terminais ferroviários e portos.

Em 1841, o empresário inglês Thomas Cook, percebendo o potencial de combinar transporte, acomodação e divertimento em lugares atrativos, foi o primeiro a criar o pacote turístico. “Graças ao sistema fundado pelo Sr. Cook”, observou o estadista britânico William Gladstone na década de 1860, “classes sociais inteiras têm podido pela primeira vez viajar sem dificuldade a outros países, criando certa familiaridade que gera consideração e não desprezo”.

Atrações turísticas

Os que visitam essa ilha histórica geralmente querem ver o gato da ilha de Man. Esse animal diferente tem cara de gato, mas suas pernas traseiras são bem mais longas que as dianteiras, assemelhando-o a uma lebre. Além disso, o gato da ilha de Man não tem rabo. Apesar da origem do gato da ilha de Man ser obscura, sugere-se que, séculos atrás, marinheiros tenham trazido da Ásia para a ilha de Man filhotes de gato sem rabo, próprio daquele continente, e desenvolvido essa raça.

A corrida de motos do Troféu Turista da ilha de Man, realizada todo ano, também atrai os visitantes. O trajeto consiste em mais de 60 quilômetros das estradas principais. Na primeira corrida, realizada em 1907, a média máxima de velocidade era inferior a 65 quilômetros por hora. Atualmente, essa média é superior a 190 quilômetros por hora. Sem dúvida esse é um esporte perigoso e, ao longo dos anos, vários corredores já perderam a vida.

Os bondes puxados a cavalo ao longo do passeio, ou calçadão, da capital da ilha, Douglas, são uma boa lembrança do passado. Os 24 quilômetros da ferrovia de trens a vapor da ilha de Man, tudo o que restou da ferrovia de bitola estreita que originalmente atravessava a ilha, também evocam o passado. Há pouco mais de cem anos, a ferrovia elétrica da ilha de Man começou a operar, e alguns de seus bondes ainda sobem os mais de 600 metros até o topo do Snaefell, o pico mais alto da ilha.

Venha conhecer a ilha de Man

DO REDATOR DE DESPERTAI! NA GRÃ-BRETANHA

AONDE você iria para ver tubarões-frade? Um dos melhores lugares para isso é o mar da Irlanda, não muito longe da ilha de Man. Os turistas saem da ilha de Man — mais ou menos eqüidistante da Escócia, Inglaterra, Irlanda e País de Gales — para ver esses peixes dóceis, de 5 toneladas, alimentar-se de plâncton, sua comida exclusiva. Esse é “o lugar perfeito para o ecoturismo”, diz o naturalista nativo Bill Dale.

Como é a ilha de Man? Seus 570 quilômetros quadrados de vales verdes, pântanos, lagos, córregos, baías pitorescas, despenhadeiros e costa acidentada são habitados por 70 mil pessoas. Venha conhecer alguns dos tesouros dessa parte das ilhas Britânicas repleta de história.