sábado, 18 de setembro de 2010

O que pode ser feito?

A Dra. Julia O’Connell Davidson, da Universidade de Leicester, Reino Unido, convocou o congresso a contestar a justificativa dos exploradores para o seu comportamento. Em geral, o argumento dos abusadores centraliza-se numa suposta licenciosidade e imoralidade sexual da criança, afirmando-se que ela já está suja e pervertida. Outros exploradores alegam, de forma distorcida e falsa, que seus atos não terão nenhum efeito prejudicial sobre a criança e que ela até se beneficiará.

Um painel sobre turismo sexual recomendou que ele fosse combatido com educação no currículo escolar. Além disso, os turistas deveriam receber informações contra a exploração sexual de menores durante toda a viagem — antes da partida, durante a viagem em si e ao chegar ao seu destino.

Sobre as novas tecnologias de comunicação, um painel sugeriu que as nações deveriam receber orientações para eliminar material que explora menores. Foi discutida a criação de um órgão internacional único para coordenar o trabalho nesse campo. Outro painel recomendou que a pornografia infantil gerada por computador, e a posse de material pornográfico infantil em geral, virassem crime em todos os países, com penalidades prescritas por lei.

O que os pais podem fazer? Um painel sobre o papel da mídia sugeriu que os pais assumissem a responsabilidade de proteger os filhos. Declarou: “Os pais podem não somente orientar seus filhos enquanto crescem e se tornam consumidores da mídia, mas também fornecer esclarecimento adicional, explicações e uma diversidade de fontes de informação para contrabalançar o impacto da mídia e ajudar a criança a crescer em entendimento.”

Um programa de TV sueco que cobria o congresso enfatizou a necessidade de os pais darem maior supervisão aos filhos e alertá-los para os perigos. Contudo, ele aconselhou: “Não acautele seus filhos simplesmente contra ‘velhos sujos’, porque as crianças . . . irão pensar que só devem tomar cuidado com velhos desleixados, quando quem comete esses crimes pode muito bem estar de uniforme ou num terno alinhado. Assim, alerte-os contra estranhos que demonstram interesse incomum nelas.” É claro que as crianças também devem ser acauteladas contra — e instadas a denunciar às autoridades — qualquer pessoa que faça propostas impróprias a elas, inclusive pessoas que elas conhecem.

Algumas das causas

Quais são algumas das causas do aumento explosivo deste problema? Afirmou-se que algumas crianças são “empurradas para a prostituição pelas circunstâncias, como meio de sobreviver nas ruas, ajudar a sustentar a família ou para pagar roupas e outros bens. Outras são seduzidas pelo bombardeio de imagens consumistas da mídia publicitária”. Ainda outras são raptadas e obrigadas a se prostituir. A rápida corrosão dos valores de moral em toda a parte, aliada a um sentimento generalizado de desesperança, foram mencionados entre as causas.

Muitas meninas e meninos acabam na prostituição por causa de abusos na família: violência e incesto em casa os empurram para a rua. Ali, correm o risco de ser abusados por pedófilos e outros, até mesmo, ao que parece, por alguns policiais. Um relatório sobre o problema, intitulado Kids for Hire (Crianças de Aluguel), cita o exemplo da brasileira Kátia, de seis anos. Detida por um policial, ele a forçou a praticar atos indecentes e ameaçou matar a família dela, caso ela contasse o ocorrido ao chefe dele. No dia seguinte, ele voltou com mais cinco homens, todos querendo que ela fizesse a mesma coisa com eles.

O Children’s Ombudsman (Ombudsman do Menor), instituição sueca, disse aos delegados: “Nos estudos sobre as causas da prostituição infantil, não há dúvida de que o turismo [do sexo] é uma das causas principais.” Um relatório disse: “A incrível escalada da prostituição infantil nos últimos dez anos tem como causa direta o turismo. A prostituição infantil é a mais nova atração turística oferecida pelos países em desenvolvimento.” “O turismo sexual”, da Europa, dos Estados Unidos, do Japão e de outros lugares, gera uma grande demanda de menores prostitutos em todo o mundo. Uma linha aérea européia usava um cartoon com o desenho de uma criança numa pose sexualmente explícita para vender excursões sexuais. As agências de viagem organizam excursões sexuais para milhares de viajantes todos os anos.

Na longa lista de causas acha-se também o uso de novas tecnologias na promoção internacional da indústria do sexo infantil. A Internet, junto com outras tecnologias de computador relacionadas, foi apontada como a maior fonte de pornografia. Equipamentos de vídeo de preço baixo também facilitam a produção de pornografia infantil.

Exploração sexual de menores: um problema mundial

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA SUÉCIA

A sociedade humana está sendo sacudida por uma forma chocante de abuso de menores, cujo alcance e natureza não eram conhecidos amplamente até anos recentes. Para avaliar o que se pode fazer a respeito, representantes de 130 nações reuniram-se em Estocolmo, Suécia, no primeiro Congresso Mundial Contra a Exploração Sexual Comercial de Menores. Um correspondente de Despertai! da Suécia também esteve lá.

QUANDO Magdalen tinha 14 anos, foi seduzida pela oferta de um emprego de “anfitriã” numa cervejaria de Manila, nas Filipinas. Na verdade, seu serviço era levar os fregueses a um quartinho, tirar a roupa e deixar que eles a explorassem sexualmente — em média 15 homens por noite, e 30 aos sábados. Às vezes, quando ela dizia que não conseguiria mais agüentar a situação, o gerente a forçava a continuar. Em geral, ela terminava o dia às quatro da manhã, sentindo-se exausta, deprimida e extremamente infeliz.

Sareoun era órfão e menino de rua em Phnom Penh, Camboja. Tinha sífilis e era conhecido por sair com estrangeiros. Deram-lhe um quartinho para morar, num pagode, onde um ex-monge deveria ‘cuidar’ dele. O homem, um proxeneta, abusava sexualmente do menino e arranjava-lhe encontros com estrangeiros. Depois que o quarto de Sareoun foi demolido, ele foi morar com a tia, mas ainda era forçado a se prostituir nas ruas.

Estes são apenas dois exemplos do horrível problema abordado no fim de agosto do ano passado pelo Congresso Mundial Contra a Exploração Sexual Comercial de Menores. Qual é a extensão dessa prática? Atinge centenas de milhares de crianças, há quem diga milhões. Uma delegada resumiu o problema: “Compram-se e vendem-se crianças como mercadorias sexuais lucrativas. Elas são traficadas dentro de seus países e de um país para outro como contrabando; aprisionadas em bordéis e forçadas a se submeter a inúmeros exploradores sexuais.”

Na abertura do congresso, o primeiro-ministro sueco, Göran Persson, qualificou essa exploração de “a mais brutal, a mais selvagem e revoltante categoria de crime”. Uma representante das Nações Unidas disse que “é um ataque às crianças em todas as frentes . . ., é totalmente vil e é a mais baixa violação dos direitos humanos imaginável”. Muitas expressões semelhantes de revolta com a exploração sexual de menores foram exprimidas na tribuna durante todo o congresso, conforme iam sendo considerados seu alcance, natureza, causas e efeitos.

“Seu alcance é transnacional, seu impacto atravessa gerações”, afirmou certa fonte. Outra declarou: “Acredita-se que um milhão de menores entrem no mercado multibilionário, ilegal, do sexo, a cada ano.” Quais os efeitos disso? “Minam-se o senso de dignidade, a identidade e a auto-estima das crianças e sua capacidade de confiar fica entorpecida. Sua saúde física e emocional é colocada em risco, seus direitos são violados e seu futuro comprometido.”

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Levar Dinheiro

Não se pode viajar sem dinheiro nos dias atuais. É óbvio que é arriscadíssimo carregar muito dinheiro vivo, e, em alguns países, sua moeda local talvez não seja fácil de cambiar.

Um modo seguro é levar cheques de viagem (traveler’s checks). O tipo de moeda que usa dependerá mormente de onde irá e o que acontece no mundo financeiro. Seu banco ou agente de viagens poderá aconselhá-lo. Os cheques de viagem podem ser cambiados em bancos, hotéis e muitas lojas em qualquer parte do mundo.

Surpreendentemente, talvez não consiga a mesma taxa de cambio para seus cheques de viagem no mesmo país. Os hotéis usualmente oferecem taxas de cambio menores, ao passo que algumas lojas oferecem taxas de cambio mais elevadas, para atraí-lo a fazer compras. Assim, vale a pena indagar e comparar as taxas de câmbio.

Também é aconselhável só cambiar um cheque quando necessário. Se obtiver muita moeda local e não a gastar, poderá perder dinheiro ao cambiá-la em outra moeda. Guarde seus recibos de cambio e notas, mas separe-os de seus cheques, visto que serão necessários pormenores de quando e onde cambiou seus cheques de viagem caso perca algum deles e deseje solicitar sua reemissão. Se forem perdidos ou roubados, podem usualmente ser substituídos sem demora, ou, pelo menos, sem grandes dificuldades.

Um cartão de crédito de aceitação internacional também poderá ser conveniente, embora não seja tão flexível quanto os cheques de viagem.

Muitos acham sábio, também, fazer um seguro de viagem, que cubra perdas ou roubos de bens, e as despesas incorridas com doenças, acidentes, ou até mesmo demoras causadas por greves.

Documentos Necessários

Quase todos os viajantes internacionais precisam ter um passaporte. Trata-se de sua identificação legal e é um documento de extrema importância. Se perdido na viagem, comunique isto de imediato à polícia local. É sábio ter um registro do número de seu passaporte, no caso em que o perca.

Também são necessários vistos para entrar em certos países. Seu agente de viagens pode obtê-los para o leitor nos consulados dos países envolvidos.

Certificados de vacinação talvez também sejam exigidos por alguns países. Estes variam, segundo seu roteiro. Ao passo que algumas vacinas não são obrigatórias, seu agente de viagens talvez recomende que se vacine assim mesmo. Daí, se um país ordenar, subitamente, uma quarentena para certa doença, ter sido vacinado contra ela o poupará da inconveniência de ficar detido e perder boa parte de sua excursão. Vacine-se pelo menos três semanas antes de viajar, de modo que os efeitos colaterais, se houver alguns, já tenham passado e não estraguem sua viagem.

Planejemos uma viagem

JÁ SONHOU alguma vez com horizontes distantes e ficou imaginando como é o restante do mundo? Gostaria de contemplar o assombroso Grand Canyon, ou a majestade dos nevosos. Alpes suíços?

Talvez seja fascinado por lugares cheios de lembretes das civilizações antigas, tais como as ruínas do Partenon, em Atenas, ou as quase infindáveis catacumbas de Roma. Estes podem fazer reviver o passado.

O presente também é excitante Há a famosa Paris, com sua Torre Eiffel e os Campos Elíseos, ou Hong Kong, com suas variegadas ruas e lojas Poderia contemplar um urso coala na Austrália, ou ser servido de um prato de suquiaqui, por uma senhora de olhos amendoados, vestindo um quimono, no Japão.

Talvez deseje conhecer pessoas e partilhar as cores, a excitação, e, às vezes, a tristeza, daqueles cujo estilo de vida difiram do seu. Talvez, também, almeje conhecer pessoas de diferentes formações e culturas, que partilham as mesmas crenças e interesses que tanto preza.

Sim, é mui provável que anseie ver alguns desses lugares, mas ache que se trata dum processo muito difícil, pois não está seguro de como proceder. Assim — planejemos uma viagem.